A escritora E. Lockhart, teve seu livro “Mentirosos” publicado em 2014, não é o seu único, a mesma já tem muitas outras obras publicadas, fiz a compra deste livro no ano passado e desde então o mantive em minha estante, tive vontade de lê-lo mas demorei muito para isso, e quando decidi dar-me a oportunidade de iniciar a leitura, sendo este o primeiro livro de Lockhart que passei a ter conhecimento obtive como resultado da minha escolha uma obra que atraiu a minha atenção; com a escrita atraente e cativante da autora me vi envolvida na história e terminei o livro em dois dias, querendo a todo momento saber a continuidade da história, a li rapidamente, devorando cada página com uma vontade pois almejava ser capaz de descobrir o que estava realmente acontecendo com todos aqueles personagens.
O que devo dizer sobre eles? O que você pode saber sobre? O que é necessário saber sobre a história além de que você deve ler para descobrir? Os Mentirosos são personagens encantadores, de personalidades extremamentes marcantes, cheios de vida e prontos para uma aventura. Os Sinclair são uma família padrão e extremamente rica, cheias de segredo, procuram não expor suas fraquezas e dilemas, eles são complexos e quando juntos na ilha da família todo verão, é como se ali fosse apenas o mundo deles e era isso o que importava. Mas vou lhe dizendo, este livro é muito mais do que isso quando se fala desses quatro personagens, Os Mentirosos jamais devem ser deixados apenas nessa categoria, eles são uma variação constante e intensa que te envolve a cada palavra, cada vírgula colocada na história.
Na minha leitura a cada página foi uma descoberta, uma teoria que eu criava ao imaginar qual versão é a verdadeira ou se sequer existe apenas uma versão, e que qualquer uma delas sejam reais. Eu não sabia se deveria confiar ou não na voz da personagem, queria apenas entender o que estava acontecendo e como ela resolveria os obstáculos que apareciam.
Todo verão a família ia para sua ilha particular, por muito tempo foi apenas os primos Cadence, Mirren e Johnny, eles conviviam uns com os outros mas faltava algo, até que Gat começa a ir passar o verão na ilha, ele não é um Sinclair, mas juntos as quatro crianças tornam-se os mentirosos, inseparáveis, é contado a união e como cada um se desenvolveu, com seus diferentes ideais e maneira de observar a vida, o grupo se completava e então era tudo o que importava, que estivessem juntos.
No verão dos quinze anos de Cadence, ela sofre um acidente que resulta em sua perda de memórias e os próximos dois anos ela luta com o impedimento de saber o que realmente se passou, ela volta para a ilha após esses dois anos, querendo então descobrir pelo menos alguma coisa, por si só, pois ninguém queria contar-lhe. Então, a história passa a mostrar o presente na vida da personagem e retornar para momentos vividos pela mesma quando mais nova. Cadence expõe seus pensamentos e como é tudo extremamente desalinhado, pois nem ela sabe o que é verdade, torna a leitura intrigante e te deixa aquela pitada de curiosidade e esperança de saber mais sobre a batalha que ela enfrenta para encontrar-se.
Os Mentirosos? Eles sentem. Eles pensam. Eles vivem. E eles fazem. Sem temer o que os causa medo, eles enfrentam. Sem se calar. Os seus ideais políticos e qual é a vida que querem levar, a escolhas que querem fazer, é totalmente fascinante, a visão de jovens que tudo e nada sabem, o florescer de cada indivíduo, poder ver o encontro dessas personalidades unidas e os diálogos que têm entre si torna a leitura incrível.
Ao finalizar a leitura questionei como eu pude não este lido este livro antes, e ao fechar a última página senti que foi completo, respondeu minhas dúvidas e envolveu-me na trajetória dos personagens. Uma das coisas que achei interessante foi a autora ter montado o mapa da ilha e a árvore da família Sinclair, também a ligação dos contos no meio da história que demonstrava muito com a personagem estava se sentindo ou simbolizando a situação que estava vivendo. É um tipo de livro que palavras não são necessárias para descrevê-lo e que a experiência de cada um deve ser única sem influência dos outros.
“Um dia arriscou ir à biblioteca do palácio e ficou satisfeita a descobrir como os livros podem ser boa companhia.” — Mentirosos, E. Lockhart.
escrito por: AMANDA MARIA